bem vindos!



19 dezembro 2010

Almas em Prova




É possível estejas atravessando a provação de observar criaturas queridas, nas sombras de provação maior.
Almas queridas anestesiadas no esquecimento de obrigações que lhes dizem respeito; companheiros dominados por enganos que lhes furtam a paz; filhos que se terão marginalizado em desequilíbrio; e amigos que se afirmam cansados de esperar pela vitória do bem para abraçarem depois larga rede de equívocos que se lhes farão caminhos dolorosos...
Ao invés de reprová-los, compadece-te deles e continua fiel ao trabalho de elevação que esposaste.
Se permanecem contigo, tolera-lhes com bondade os impulsos de incompreensão, auxiliando-os, quanto puderes, a fim de que se retomem na segurança de que se distanciam.
Se te abandonam, não lhes impeças a marcha, no rumo das experiências para as quais se dirigem.
Sobretudo, abençoa-os com os teus melhores pensamentos de proteção.
Recorda que se consegues ajuizar quanto às necessidades de alma que patenteiam, é forçoso reconhecer que são eles doentes perante a sanidade em que te mostras.

Busca entender-lhes a perturbação e ora por eles.

São companheiros que a rebeldia alcançou em momentos de crise; corações que se renderam ao materialismo que admite os prodígios da vida unicamente por um dia; seres amados que ainda não suportam a disciplina pelo próprio burilamento ante a imaturidade em que se encontram ou espíritos queridos sob a hipnose da obsessão.
Embora pareça não te amem, ama-os mesmo assim.
Entretanto, se te permutam a fé por insegurança ou se trocam a luz pelo nevoeiro, não precisas acompanhá-los porque os ames.
Se tudo já fizeste para sustentá-los em paz, entrega-os à escola do tempo que de ninguém se desinteressa.
Os que procuram voluntariamente espinheiros e pedras na retaguarda, um dia, voltarão à seara do bem que deixaram...

Onde estiveres, abençoa-os.
Como estiverem, abençoa-os.

E a inda que isso te doa ao coração, continua fiel a ti mesmo, no lugar de servir que a vida te confiou, porque Deus os protege e restaura no mesmo infinito amor com que vela por nós.
Teus mais íntimos pensamentos são ímãs vigorosos, trazendo-te ao roteiro as forças que procuras.


(Do livro "Irmão", pelo Espírito Emmanuel, Francisco C. Xavier)

02 novembro 2010

Finados... Será?!?...


O amor e a saudade são termos de ligação

A vida e a morte são caminhos imortais da renovação

As religiões antigas apregoam eternidade minúscula, pois que deixam seus fiéis sem teto, no vazio de uma expectativa inútil e sem sentido... É... Essa história de juízo final é mingau de araruta mal temperado e indigesto. Apagam com isso, a memória do tempo e dos laços emocionais; desandam amores, amizades e afeições...

E não explicam por que as pessoas sonham com seus afetos queridos

Esquisito por que contraditório, no auditório do cemitério a saudade em catadupas ritualísticas cunha a mística da relação com o imponderável

Se o juízo é ao final o que é que fica nos cemitérios, senão um manto de matéria desfeita que não responde aos anseios e carências; que não explica as ausências... Se o juízo é ao final, que notícias me dão dos que já se foram, por que o ritual da visita se na cripta da saudade a verdade ainda é proibição permitida...

Se tu desvendares, palmares..., a liberdade de ser e sentir resolve os enigmas, insígnias dos medos, enredos da covardia...

A mediunidade desmitifica o dia de finados em sua essência esquisita

A mediunidade resolve a questão...

A morte é apenas outro dia noutra dimensão em que as relações não se desfazem, só mudam os tons, os meios de comunicação; agora é a intuição que configura o reencontro com as criaturas nos circuitos abertos da emoção e da saudade... E a vidência enquanto essência de fé e equilíbrio e também permissão põe a razão nos olhos da alma e o encontro nos parâmetros do coração...

E o que se nos diz dos sonhos que se nos permitem contatos e conversas com as almas ingressas na outra dimensão... E que nos falam de si e de suas felicidades, das suas saudades e de como estão vivendo nas cidades imortais... Ah! Também dizem dos seus trabalhos e estudos, dos seus planos e ideais!...

Jesus voltou, depois da desencarnação infame, em traje perispiritual, demonstrando de modo real que a morte não existe, falou aos discípulos, com eles conviveu três dais depois do túmulo, trazendo a alegria da confirmação... E entre medos e descrenças assinou a sentença da tumba vazia...

E a psicografia, poesia de reencontro no cartório da imortalidade, tem a mediunidade qual pergaminho documental, sancionando a lei natural que o Pai e Criador, Todo Bondoso instituiu como tábua da evolução espiritual...

Em a natureza nada se perde, tudo se transforma, asseverou a ciência que a fé tem por essência, enquanto conseqüência da Vontade Divina, nos anais da Doutrina de Luz que o Kardec organizou desde 18 de abril de 1857, nos compêndios do pensamento filosófico, científico e religioso, que ele mesmo denominou Espiritismo.

E assim, o dia de finados precisa ser entendido e vivenciado como oportuna reflexão sobre as razões Divinas pra vida ser assim... Só um pouco por aqui nos trajes humanos, pelas portas da reencarnação neste mundo de prova e expiação...

Ah! Que saudade me dá do tempo que a lei do esquecimento guardou... Das experiências vividas nas ruas pregressas, salvas no inconsciente imortal...

Ah! Que saudade me dá dos amigos que deixei por lá; dos que já se foram antes de mim... Das paisagens daquele lugar que a intuição não me deixa esquecer... Ainda do seu amanhecer, das estrelas que brilham por lá...

Ah! Que saudade me dá daquela paz e daquele fazer, daquele ir sem se cansar; do amor que não se desgasta e das praças que só se inundam de luz... Da poesia que vive nos ares, da harmonia dos olhares e gestos e de tudo que se pode amar...

Por que visitar nossos amigos espirituais num templo de osso e pedra se a mediunidade descerra verdades latentes e naturais, que só carece de educação, ciência e fé, pra saciar a saudade e diminuir distâncias entre os corações...


(Ademário da Silva * @emoções mediúnico-intuitivas – 2 de novembro de 2010)

19 outubro 2010

Para onde vamos durante o sono



Era manhã de sol nas proximidades do mar.

A esposa despertara ansiosa por narrar ao marido a experiência que tivera na noite anterior.

Estavam fisicamente separados por cerca de 5 dias, em cidades diferentes, e a saudade já batia forte.

Há mais de trinta anos dividiam a mesma cama, a mesma vida, e qualquer rápida separação já era sentida por ambos.

Tomando do telefone, então, ela lhe conta, que na noite anterior tivera uma sensação muito especial.

Deitada na cama, nos primeiros instantes do sono, sentira o perfume dele, como se ele tivesse acabado de sair do banho, e se colocado ao seu lado, como sempre o fazia em casa.

Além do aroma agradável, percebeu uma presença muito forte, como se ele realmente estivesse ali.

Virou-se rapidamente, mas não havia ninguém.

O marido, do outro lado da linha, ouvia tudo também emocionado.

Quando ela terminou a narração, foi a vez dele dizer:

Pois também vivi uma experiência singular nesta noite.

Na madrugada, acordei com a certeza de que você estava dormindo ao meu lado. Tinha certeza que você estava ali. Mas quando olhei para o seu lugar na cama, nada vi.

Terminam os dois a conversa, surpresos, dizendo:

É... acho que nos encontramos esta noite!

Muitos de nós temos histórias muito peculiares sobre o período do sono.

Aqueles que conseguem lembrar mais claramente dos sonhos trazem experiências muito ricas, por vezes, e que merecem nossa análise.

Para onde vamos durante o sono? Todas essas lembranças serão apenas produto do cérebro?

O Espiritismo vem nos elucidar, afirmando que durante o período do sono, a alma se emancipa, isto é, se afasta do corpo temporariamente.

Desta forma, o que conhecemos como sonhos são as lembranças do que o Espírito viu e vivenciou durante esse tempo.

Quando os olhos se fecham, com a visitação do sono, o nosso Espírito parte em disparada, por influxo magnético, para os locais de sua preferência.

Através da atração produzida pela afinidade, procuramos muitas vezes aqueles que nos são caros, amigos, parceiros e amores.

Por isso é que aqueles que muito se amam na Terra, podem se encontrar no espaço, e continuarem juntos.

É assim que encontramos Espíritos amados, que já não se encontram conosco fisicamente, e partilhamos com eles momentos inesquecíveis.

Por vezes lembramos, por outras tantas não, mas sempre conservamos no íntimo bons sentimentos, ou a sensação de ter vivido experiência agradável.

O Espírito sopra onde quer, e mesmo durante nosso aparente repouso, perceberemos que ele está em atividade, sempre.


Podemos nos preparar melhor para conseguirmos ter bons sonhos.

Obviamente que os acontecimentos do dia, e nosso estado emocional irão influenciar nossas experiências oníricas, mas podemos tomar alguns cuidados a mais para aproveitar melhor este período:

uma leitura salutar,

a oração sincera,

uma música suave que nos acalme,

alguns momentos de meditação.

Todos estes ingredientes colaboram para que as últimas impressões do dia sejam positivas, e sejam levadas conosco, favorecendo a emancipação da alma.

Assim, tenha bons sonhos...


(Copiei daqui)

06 outubro 2010

Partida e chegada



"Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.

O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.

Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: “já se foi”.Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós.

Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.

O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo.

E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi”, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: “lá vem o veleiro”.

Assim é a morte.

Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: “já se foi”.

Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.

Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.

E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: já se foi”, no mais além, outro alguém dirá feliz: “já está chegando”.

Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.

A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.

Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.

A vida é feita de partidas e chegadas.

De idas e vindas.

Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.

Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós.

Pense nisso!

Victor Hugo

23 setembro 2010

Bem e Mal Sofrer (Allan kardec)



Quando o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence", não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.

O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."

Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. - Lacordaire. (Havre, 1863.)


* * * Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

17 setembro 2010

Ociosidade


"Sorrateiramente se instala na casa mental,entorpecendo a vontade.
Disfarça-se de cansaço,sugerindo repouso.
Justifica-se como necessidade de refazimento de forças,exigindo,cada vez,maior soma de horas.
Apresenta-se como enfermidade,impondo abandono de tarefas.
Desculpa-se,em nome da exaustão das energias,que deseja recobrar.
Reage contra qualquer proposição de atividade que implique incoveniente esforço.
A ociosidade é cruel inimigo da criatura humana e fator dissolvente que se insinua nas tarefas do bem,nas comunidades que laboram pelo progresso.
Após vencer quele de quem se apossa,espalha o seu ar mefítico,contaminando quantos se acercam da sua vítima,que se transforma em elemento pernicioso,refugiando-se em mecanismos de evasão de responsabilidade sob a condição de abandonado pela fraternidade alheia."

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

"Se não gostas ou não queres trabalhar,sempre encontrarás justificativas para dissimular a ociosidade.
O progresso de que necessitas,porém,não te desculpará o tempo perdido ou mal-empregado.
Volverás à liça,em condição menos afortunada,sendo-te insdispensável o esforço para a sobrevivência .
Os membros,que se não movimentam na atividade edificante,atrofiam-se,perdem a finalidade,e apenas se recuperarão sob injunções mui dolorosas.
Oxalá te resguardes da ociosidade.
Melhor a exaustão decorrente do bem,vivenciando a cada instante,do que a agradável aparência,cuidada e rósea,mediante a exploração do esforço alheio e a nutrição da inutilidade ociosa."

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

(Do livro:Otimismo de Divaldo Pereira Franco
Pelo espírito de Joanna de Ângelis
Trechos do Capítulo 23,pgs 87 e 88)

13 setembro 2010

Carta de uma mãe




Mães são criaturas especiais. Elas têm uma visão de mundo toda
peculiar.

Guardam experiência porque já viveram mais tempo que seu filho.
Experimentaram incontáveis alegrias. Também tristezas, mágoa e
dor.

E sabem que, por mais amem seu filho, não poderão impedir que tudo
isso ele também experimente: coisas positivas e coisas negativas.

Sabem igualmente que isso faz parte do grande aprendizado que
redundará em progresso para ele próprio.

Possivelmente por essa razão é que uma mãe elaborou uma carta,
mais ou menos nos seguintes termos:

Caro mundo: Meu filho começou hoje na escola. Durante algum tempo,
tudo vai ser estranho e diferente para ele.

Eu gostaria que você o tratasse com carinho.

Até aqui, sempre estive ao lado dele. Aquieto seu coração. Curo
suas feridas.

Estou por perto quando ele cai e rala o cotovelo ou o joelho.

Quando ele cai da bicicleta, do skate e tropeça nos cadarços soltos
do tênis.

Mas agora tudo vai ser diferente. Esta manhã ele vai sair pela porta
da rua, acenar para mim e começar sua grande aventura.

Ele irá aprender provavelmente sobre disputas, tragédia e
sofrimento.

Para viver neste mundo é preciso fé, amor e coragem.

Por isso, mundo, eu gostaria que você o pegasse pela mão e
ensinasse o que ele precisa saber.

Ensine-o, mas com carinho. Ensine-o que, para cada malandro que
existe por aí, existe também um herói.

E que, em verdade, há muito mais heróis do que malandros. Heróis
anônimos que realizam grandes proezas todos os dias.

Fale-lhe muito mais dos heróis. Incentive-o a se tornar um deles.

Ensine-o que para cada político corrupto existe um líder dedicado.

E narre-lhe detalhes das vidas desses líderes para que os possa
imitar.

Ensine-o que para todo inimigo existe também um amigo. Diga-lhe como
conquistar e conservar amigos.

Ensine-o sobre as maravilhas dos livros. Livros de ciência, de arte,
de grandeza.

Dê a ele um momento de silêncio para que possa ponderar sobre o
mistério dos pássaros no céu, das abelhas ao sol e das flores nas
campinas.

Ensine-o que é muito mais digno fracassar do que trapacear.

Ensine-o a ter fé nas próprias ideias, mesmo quando todo mundo lhe
disser que ele está errado.

Ensine-o a vender seu cérebro e seus músculos pelo mais alto
preço. Mas faça-o ciente de que seu coração e sua alma nunca
devem ser colocados à venda.

Ensine-o a fechar os ouvidos para o clamor da multidão... E
manter-se firme e disposto a lutar quando achar que está certo.

Ensine-o com carinho, mundo, mas não o mime, pois é o teste do fogo
que produz o aço mais resistente.

Mundo, veja o que você pode fazer por meu filho. Ele é alguém
muito especial.

* * *

A educação de uma criança não é somente um trabalho de amor e um
dever.

É uma missão importante, desafiadora e honrosa. Em verdade, ela
exige do educador o melhor que ele tenha para dar.

Por isso, maternidade e paternidade são missões das mais nobres,
confiadas pela Divindade à mulher e ao homem.

Pense nisso!



(Redação do Momento Espírita com base no cap. Carta de uma mãe

ao mundo, de autoria desconhecida, do livro Histórias para aquecer

o coração das mulheres, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen,

Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff, ed. Sextante.)

31 agosto 2010

A Verdadeira Propriedade


" Verdadeiramente,o homem só possui como seu aquilo que pode levar deste mundo.Do que encontra ao chegar e do que deixa ao partir,desfruta durante sua permanência na Terra.Mas,forçado a abandonar tudo,tem apenas o usufruto e não posse real.O que é,afinal,que ele possui?Nada do que se destina ao uso do corpo e tudo o que se refere ao uso da alma:a inteligência,os conhecimentos,as qualidades morais.Isso é o que se traz e o que se leva,e que ninguém te o poder de lhe tirar,que servirá a ele no outro mundo,muito mais do que neste.Dependerá ser ele mais rico em sua partida do que quando chegou,visto que,do que tiver adquirido em bens morais,resultará a sua posição futura.Quando um homem viaja para um país distante,arruma sua bagagem de acordo com o uso daquele país;não carrega o que lhe será inútil.Fazei,pois,o mesmo,em relação à vida futura e fazei provisões de tudo o que poderá vos servir lá."


(Trecho tirado do Evangelho Segundo o Espirtismo,do Cap.16 - Instruções dos Espíritos)

02 agosto 2010

SINAIS DE ALARME



Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável
na obsessão:

quando entramos na faixa da impaciência;

quando acreditamos que a nossa dor é a maior;

quando passamos a ver ingratidão nos amigos;

quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;

quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;

quando reclamamos apreço e reconhecimento;

quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;

quando passamos o dia a exigir esforço alheio, sem prestar o mais leve
serviço;

quando pretendemos fugir de nós mesmos, através do álcool ou do
entorpecente;

quando julgamos que o dever é apenas dos outros.

Toda vez que um desses sinais venha a surgir no trânsito de nossas idéias, a
Lei Divina está presente, recomendando- nos a prudência de amparar-nos no
socorro da prece ou na luz do discernimento.



* * *


Vieira, Waldo; Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Ideal Espírita.
Ditado pelo Espírito Scheilla.

26 julho 2010

NÃO DESISTAS DO BEM



Seja qual for a dificuldade, persevera no Bem.
Fracasso é lição.
Dor é porta de acesso a esferas superiores.
Quem te agride não te conhece por dentro.
Os que te desprezam, desconhecem tua essência.
Pensa no Bem e esquece o mal.
Rompe as algemas que te atam ao pessimismo.
Mentaliza o progresso e abraça a tarefa nobilitante.
O tempo tudo encaminha e a tudo, corrige.
Entra no clima da prece sincera, em cuja atmosfera ouvirás a voz do Mais Alto.
Segue para frente, confiando em Deus e em ti.
A felicidade do amanhã começa no pensamento que cultivares agora.
Abraça o ideal elevado, entregando-te ao Bem possível.
No final, a vitória será sempre do amor.


(Recebi sem indicação do nome do MÉDIUM. Se Você sabe, por favor, indique caso repasse.)

11 julho 2010

Evangelizando Corações: Crianças‏



"O comboio percorreu léguas e léguas dentro das trevas densas, quando, alta noite, o maquinista viu na luz do farol aceso, alguns sinais que lhe pareceram feitos pela sombra de dois braços angustiados a lhe pedirem socorro..."


A SALVAÇÃO INESPERADA
Meimei
Num país europeu, certa tarde, muito chuvosa, um maquinista, cheio de fé em Deus, começando a acionar a locomotiva com o trem repleto de passageiros para longa viagem, fixou o céu escuro e repetiu, com sentimento a oração dominical.
O comboio percorreu léguas e léguas, dentro das trevas densas, quando, alta noite, ele viu, a luz do farol aceso, alguns sinais que lhe pareceram feitos pela sombra de dois braços angustiados a lhe pedirem socorro.


Emocionado, fez o trem parar, de repente, e, seguido de muitos viajantes, correu pelos trilhos de ferro, procurando verificar se estavam ameaçados de algum perigo.
Depois de alguns passos, foram surpreendidos por gigantesca inundação que, invadindo a terra com violência, destruíra a ponte que o comboio deveria atravessar.
O trem fora salvo, milagrosamente.
Tomados de infinita alegria, o maquinista e os viajores procuraram a pessoa que lhes fornecera o aviso salvador, mas ninguém aparecia. Intrigados, continuaram na busca, quando encontraram no chão um grande morcego agonizante. O enorme voador batera as asas, à frente do farol, em forma de dois braços agitados, e caíra sob as engrenagens. O maquinista retirou-o com cuidado e carinho, mostrou-o aos passageiros assombrados e contou como orara, ardentemente, invocando a proteção de Deus, antes de partir. E, ali mesmo, ajoelhou-se, ante o morcego que acabava de morrer, exclamando em alta voz:
- Pai Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu: o pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores, não nos deixes cair em tentação e livra-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Assim seja.
Quando acabou de orar, grande quietude reinava na paisagem.
Todos os passageiros, crentes e descrentes, estavam ajoelhados, repetindo a prece com amoroso respeito. Alguns choravam de emoção e reconhecimento, agradecendo ao Pai Celestial, que lhes salvara a vida, por intermédio de um animal que infunde tanto pavor às criaturas humanas.

E até a chuva parara de cair, como se o céu silencioso estivesse igualmente acompanhado a sublime oração.


(Do livro “Pai Nosso”, Meimei, Francisco Cândido Xavier, FEB)

Realização:
Instituto André Luiz

08 julho 2010

ROTEIRO PAR SER FELIZ


1 – Cada manhã na Terra é uma página em branco de que dispomos no livro da vida para fazer os melhores exercícios e testemunhos de elevação e bondade.

2 – Não olvides que cada pessoa a cruzar-te o passo, na trilha das horas, é uma oportunidade de construção espiritual.

3 – Seja qual seja o motivo para desafeto, cultiva compreensão e amizade, observando que todo favor que possas prestar a benefício de alguém é uma chave que fabrica para a solução de teus problemas futuros.

4 – Por mais claras as razões que justifiquem esse ou aquele comentário infeliz, procura encaixar uma frase edificante no círculo das palavras rudes que estejam sendo pronunciadas.

5 – Por muito que um compadre te haja ofendido, não lhe negue tolerância e abençoa-o com as tuas preces e gestos de auxilio, na convicção de que estás, com isso, levantando dispositivos de proteção a ti mesmo.

6 – Na atividade em que te encontrarás, faze mais que o dever, porquanto o serviço extra, espontâneo e sem recompensa, em toda situação será sempre a tua mais alta pregação de virtude.

7 – Repousa quando necessário, mas não transformes descanso em ócio vazio.

8 – Começa de casa a execução dos conselhos salutares que ofereces ao próximo, aprendendo que é impossível ajudar a Humanidade quando não saibamos entender e amparar algumas poucas pessoas, entre os limites da parentela.

9 – Alia ação e oração sustentando a felicidade dos outros, como queres que Deus concretize tua própria felicidade.

10 – Quando o dia terminar, agradece ao Senhor a ventura de haver engastado mais uma pérola do termo em teu colar de realizações e cerrando os olhos para o justo refazimento, guarda por teu maior prêmio a consciência tranqüila, com invariável disposição de viver, cada dia, reconhecendo que tudo na vida depende inteiramente de Deus, mas na certeza de que o trabalho em tuas mãos depende unicamente de ti.

EMMANUEL
Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier.

06 julho 2010

A Terapêutica da Prece no tratamento da Obsessão




No tratamento da obsessão é necessário salientar a terapêutica da prece como elemento valioso de introdução à cura.

Não ignoramos que a psiquiatria, nova ciência do mundo médico, apesar de teorizada nos hospícios, somente corporificou-se na prática que a define, nos campos de guerra do século presente. Chamados ao pronto-socorro das retaguardas, desde o conflito russo-japonês, os psiquiatras esbarram com numerosos problemas da neurose traumática, identificando as mais estranhas moléstias da imaginação e usando a palavra de entendimento e simpatia como recurso psicoterápico de incalculável importância.

Por isso, dispomos, atualmente, na moderna psicanálise, da psicologia do desabafo como medicação regeneradora. A confissão do paciente vale por expulsão de resíduos tóxicos da vida mental e o conselho do especialista idôneo age por doação de novas formas-pensamento, no amparo do cérebro enfermiço.

Invocamos semelhante apontamento para configurar na luta humana verdadeiro combate evolutivo em milhares de almas caem diariamente nos meandros das próprias complicações emocionais, entrando, sem perceber, na faixa das forças inferiores que, a surgirem de nosso passado, nos espreitam e geram em nosso prejuízo dolorosos processos de obsessão, retardando-nos o progresso, por intermédio dos pensamentos desequilibrados com que se justapõem à nossa vida intima.

É por essa razão que vemos, tanto nos círculos terrestres, como nas regiões inferiores da vida espiritual, as enfermidades-alucinações que se alojam na mente, ao comando magnético dos poderes da sombra, com os quais estejam em sintonia.

E a técnica das inteligências que nos exploram o patrimônio mento-psíquico, baseia-se, de maneira invariável, na comunhão telepática, pela qual implantam naqueles que lhes acendem ao domínio as criações mentais perturbadoras, capazes de lhes assegurar o continuísmo da vampirização.

Atentos, assim, à psicogênese desses casos de desarmonia espiritual, quase sempre formados pela influenciação consciente ou inconsciente das entidades infelizes, desencarnadas ou encarnadas, que se os associam à experiência cotidiana, recorramos à prece como elemento de ligação com os Planos Superiores, exorando o amparo dos Mensageiros Divinos, cujo pensamento sublimado pode criar, de improviso, novos motivos mentais em nosso favor ou em favor daqueles que nos propomos socorrer.

Não nos esqueçamos de que possuímos na oração a nossa mais alta fonte de poder, em razão de facilitar-nos o acesso ao Poder Maior da Vida. Assim sendo, em quaisquer emergências da tarefa assistencial, em nosso beneficio ou em beneficio dos outros, não olvidemos o valor da prece em terapia, recordando a sábia conceituação do Apóstolo Tiago, no versículo 16 do capitulo 5 em sua Epistola Universal: - "Orai uns pelos outros, afim de que sareis, porque a prece da alma justa muito pode em seus efeitos".



pelo Espírito Francisco Menezes Dias Da Cruz - Do livro: À Luz da Oração, Médium: Francisco Cândido Xavier.

12 junho 2010

Resumo de O Livro dos Espíritos -(Diferentes ordens de Espíritos (q. 96 a 99)



Os Espíritos são de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado. (LE 96)

As ordens ou graus de perfeição dos Espíritos são ilimitadas em número, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem ser multiplicadas ou restringidas livremente. Todavia, considerando-se os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzir-se a três principais.

Na primeira, colocar-se-ão os que atingiram a perfeição máxima: os puros Espíritos. Formam a segunda os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina. Pertencerão à terceira os que ainda se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza. (LE 97)

Cada Espírito tem o poder de praticar o bem, de acordo com o grau de perfeição a que chegou. Com relação aos Espíritos de segunda ordem, para os quais o bem constitui a preocupação dominante, uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas. (LE 98)

Os da terceira categoria não são todos essencialmente maus; uns há que não fazem nem o mal nem o bem; outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando se lhes depara ocasião de praticá-lo. Há também os levianos ou estouvados, mais perturbadores do que malignos, que se comprazem antes na malícia do que na malvadez e cujo prazer consiste em mistificar e causar pequenas contrariedades, de que se riem. (LE 99)

Questões de aprofundamento

1. As diferenças entre os Espíritos se apresentam em quais aspectos?

Os Espíritos são diferentes tanto intelectual quanto moralmente.

2. Essas diferenças são permanentes ou temporárias?

É essencial compreender que os Espíritos não pertencem, perpetuamente, à mesma ordem, e que, conseqüentemente, essas ordens não se constituem em espécies distintas: são diferentes graus de desenvolvimento (Vide LE, questão 776).

3. Qual a relação entre as diferentes ordens de Espíritos e a reencarnação?

As doutrinas que defendem a unicidade da existência esbarram numa situação incontornável: como explicar que as diferenças intelectuais e morais, tão patentemente observadas no mundo, não decorrem de privilégios da Divindade? Com a crença na unicidade da existência, não se poderia negar que os mais inteligentes e mais adiantados moralmente tivessem mais sorte que outros, que penam na ignorância e na maldade. É por isso que teologias existem que mais servem para negar a justiça e a bondade de Deus, que propriamente enaltecer sua Soberana atuação no Universo. É o caso, por exemplo, da que defende a predestinação das almas: algumas já nascem com o selo da “salvação” na testa e, independentemente da vida que tenham levado, merecerão as “delícias” do paraíso, enquanto outras, igualmente desconsideradas suas qualidades morais, estão irremediavelmente destinadas ao “fogo do inferno.”

Dessa forma, a reencarnação é o processo que mais se ajusta à idéia da perfeição absoluta de Deus: ela explica como progridem os Espíritos, passando de uma ordem inferior a outra imediatamente acima, até que alcancem a Verdade.

Com isso, aposentam-se as idéias de um paraíso fácil, dependente apenas da filiação a um determinado segmento religioso, das preferências de um Deus parcial, com preferidos e desafetos. Também sucumbem as fórmulas religiosas, os ritos, sacramentos, que dizem algo externamente, mas que não mudam em nada as inclinações inferiores.

Ressalte-se, ainda, a importância do esforço individual e coletivo dos Espíritos a fim de progredirem. Não se pode admitir que uma conversão de boca, de aparência apenas, garanta privilégios futuros.

4. Com a Lei do Progresso, dos seres e das coisas, pode-se depreender que Deus preferiu que sua obra se completasse gradualmente e que suas criaturas cooperassem de alguma forma no atingimento desse objetivo?

Deixaremos a resposta por conta de Calderaro:

“Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio. Não há favoritismo no Templo Universal do Eterno, e todas as forças da Criação aperfeiçoam-se no Infinito. A crisálida de consciência, que reside no cristal a rolar na corrente do rio, aí se acha em processo liberatório; as árvores que por vezes se aprumam centenas de anos, a suportar os golpes do Inverno e acalentadas pelas carícias da Primavera, estão conquistando a memória; a fêmea do tigre, lambendo os filhinhos recém-natos, aprende rudimentos do amor; o símio, guinchando, organiza a faculdade da palavra. Em verdade, Deus criou o mundo, mas nós nos conservamos ainda longe da obra completa. Os seres que habitam o Universo ressumbrarão suor por muito tempo, a aprimorá-lo. Assim também a individualidade. Somos criação do Autor Divino, e devemos aperfeiçoar-nos integralmente. O Eterno Pai estabeleceu como lei universal que seja a perfeição obra de cooperativismo entre Ele e nós, os seus filhos.” (No Mundo Maior, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 3)

5. Qual a relação possível entre aperfeiçoamento progressivo do Espírito e as seguintes idéias: o bem e o mal; trabalho e livre-arbítrio; Justiça e Lei de Deus?

As almas ou Espíritos são criados simples e ignorantes, isto é, sem conhecimentos nem consciência do bem e do mal, porém, aptos para adquirir o que lhes falta. O trabalho é o meio de aquisição, e o fim — que é a perfeição — é para todos o mesmo. Conseguem-no mais ou menos prontamente em virtude do livre-arbítrio e na razão direta dos seus esforços; todos têm os mesmos degraus a franquear, o mesmo trabalho a concluir. Deus não aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo, e, visto serem todos seus filhos, não tem predileções. Ele lhes diz: Eis a lei que deve constituir a vossa norma de conduta; ela só pode levar-vos ao fim; tudo que lhe for conforme é o bem; tudo que lhe for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta lei, e assim sereis os árbitros da vossa própria sorte. Conseguintemente, Deus não criou o mal; todas as suas leis são para o bem, e foi o homem que criou esse mal, divorciando-se dessas leis; se ele as observasse escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho.

Entretanto, a alma, qual criança, é inexperiente nas primeiras fases da existência, e daí o ser falível. Não lhe dá Deus essa experiência, mas dá-lhe meios de adquiri-la. Assim, um passo em falso na senda do mal é um atraso para a alma, que, sofrendo-lhe as conseqüências, aprende à sua custa o que importa evitar. Deste modo, pouco a pouco, se desenvolve, aperfeiçoa e adianta na hierarquia espiritual até ao estado de puro Espírito ou anjo. (O Céu e o Inferno, Allan Kardec, Cap. 8, itens 12 e 13)

(Fonte:lespiritos.blogspot)

08 junho 2010

"Se eu morrer antes de você"


Se eu morrer antes de você,
faça-me um favor:
Chore o quanto quiser,
mas não brigue com Deus
por Ele haver me levado.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar,
não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem
algum fato a meu respeito,
ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo,
só porque morri,
mostre que eu tinha um pouco de santo,
mas estava longe
de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio,
mostre que eu talvez tivesse um pouco
de demônio, mas que a vida
inteira eu tentei ser bom e amigo.
Espero estar com Ele o suficiente para
continuar sendo útil a você, lá onde estiver.
E se tiver vontade de escrever
alguma coisa sobre mim,
diga apenas uma frase:
- "Foi meu amigo,
acreditou em mim
e me quis mais perto de Deus!"
- Aí, então, derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la,
mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
E, vendo-me bem substituído,
irei cuidar de minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando,
dê uma espiadinha na direção de Deus.
Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz
vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai,
aí, sem nenhum véu a separar a gente,
vamos viver, em Deus,
a amizade que aqui nos preparou para Ele.
Você acredita nessas coisas?
Então ore para que nós vivamos
como quem sabe que vai morrer um dia,
e que morramos como
quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu
para mais perto da gente,
e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você,
acho que não vou estranhar o céu...
"Ser seu amigo...
já é um pedaço dele..."

Chico Xavier.

ALÉM DA VIDA

O que nos espera depois da morte física? Esta é uma pergunta que muitos se fazem; ante o desconhecimento do que os aguarda, alimentam o terror da morte.

Pessoas há que sequer ousam mencionar a palavra, como se isso fosse atrair o fato para si ou para os seus. Mas isso não impede que a morte chegue.

O medo de morrer está muito em função do desconhecimento de que para além da vida corporal existe a verdadeira, a vida espiritual.Embora alguns ainda duvidem, é uma certeza. Dr. Raymond Moody Jr, com residência na Escola de Medicina da Universidade de Virgínia,nos EstadosUnidos, possui larga experiência sobre o assunto.

Com vários livros publicados, ele relata os casos de pacientes que tiveram experiências de quase morte.Isto é, pessoas que sofreram problemas graves, que quase lhes assinalaram a morte e retornaram, contando o que lhes aconteceu naquele período.

Embora alguns tratem tais relatos como alucinação, não se pode conceber que ao retornarem ao corpo, após a morte aparente, tais criaturas relatem fatos, situações, quase sempre confirmados.

Mais recentemente, Dr. Moody passou a analisar o caso de crianças que sofreram morte aparente.Porque, diz ele, se o adulto teve tempo para ser influenciado e modelado pelas experiências de sua vida e crenças religiosas, as crianças não estão profundamente influenciadas pelo ambiente cultural e nelas a experiência adquire um certo frescor.

É o caso da garota de sete anos que, ao atravessar um trecho congelado do rio, caiu e bateu a cabeça. Desmaiou e permaneceu inconsciente por doze horas. Durante esse tempo, o médico não sabia se ela iria morrer ou viver.A garota se viu em um jardim extraordinariamente belo, com flores semelhantes a dálias enormes.Olhou em volta e viu um ser. Sentiu-se amada e acalentada pela sua presença.Foi uma sensação deliciosa, como jamais experimentara em sua vida. O ser então lhe disse: você vai voltar. E ela respondeu: sim.Ele perguntou porque ela queria retornar ao seu corpo e ela disse: porque minha mãe precisa de mim.Depois disso, sentiu-se descendo por um túnel. Acordou na cama, levantou-se e disse: oi, mamãe.

Essa é uma boa evidência de que há vida depois da morte.Prosseguiremos a viver sim, porque o espírito é imortal e haverá de retornar, muitas vezes ainda, ao cenário da Terra, até sua completa depuração.

Você sabia?

Você sabia que, quando as crianças relatam suas experiências de quase morte,constata-se que um número surpreendente delas se vêem em corpos espirituais adultos?

Tal fato está levando expoentes da psiquiatria, da psicologia e da psicanálise à conclusão de que o homem não é um ser físico, vivendo experiências espirituais, mas um ser espiritual, temporariamente ligado a um corpo físico.

É a ciência levando o homem a reconhecer as verdades já propaladas desde a remota Antigüidade e vulgarizadas pelo Cristo.


(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. 3 do livro

A luz do além, de Raymond Moody, Jr., Ed. Nórdica.)

28 maio 2010

RUSGAS DOMÉSTICAS


De pequena rusga doméstica pode nascer extensa caudal de rixas e aversões.
Aprender a ouvir sem contradizer, para aclarar qualquer ponto obscuro em momento adequado, é sinal evidente de compreensão e sabedoria.
Auxilia a criança, não apenas a sorrir, mas também a se educar.
Respeitar os parentes do coração, que se nos ligam nas experiências terrestres, é valioso preservativo contra desajustes positivamente desnecessários.
Evitar criticar essa ou aquela minudência menos agradável no ambiente caseiro, cooperando em silêncio para que os senões desapareçam.
Nada censures, colaborando para que os problemas sejam resolvidos sem alterações e reproches.
Silenciar sobre questões nevrálgicas em família impede a explosão de conversas ofensivas ou inúteis.
Não revivas os mal-entendidos de ontem ou de qualquer fase do passado, para que faltas e erros no lar sejam realmente esquecidas.
Aprendamos a não gritar e sim conversemos.
Não te esqueças: a união começa de casa, mas a calma geral começa em ti mesmo.


(Do livro “Calma”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

27 maio 2010

PERTURBAÇÕES


Apesar de tuas boas disposições, surgem momentos em que estranhos estados da alma assomam, perturbando-te a lucidez e o entusiasmo.

Esses constituem desafios graves, que podem levar a imprevisíveis resultados negativos.
Surgem como depressão ou desinteresse, que deflui de uma observação infeliz, ou de uma palavra azeda, ou de uma discussão desgastante...
Há ocasiões em que se manifestam como nuvem obnubiladora do discernimento, insistente, que termina por gerar indisposição íntima, quando não leva a distonias e agressividade mais contundente.
Além dos fatores normais sociopsicológicos do relacionamento ou da emoção, originam-se na interferência psíquica de desencarnados que se comprazem em inquietar, inspirando desespero e conduzindo a estágios afligentes...
Vivemos em quase permanente intercâmbio psíquico uns com os outros, no corpo físico e fora dele.
Mentes disparam dardos contra outras, atingindo o alvo com pontaria segura e estabelecendo telefone de comunicação perturbadora.

Interrompe as telepatias deprimentes, sobrepondo a tua vontade e corrigindo a sintonia psíquica.
Sai um pouco e respira ar puro.
Recorda os planos ideais que acalentas.
Dialoga um pouco com alguém que te inspira simpatia.
Ora, por alguns instantes.
Estes expedientes expulsarão a onda de perturbação que te envolve, e tornarás ao estado de tranqüilidade.

(De “Episódios diários”, de Divaldo Pereira Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

CASAIS MENOS FELIZES (Emmanuel) e JUSTIÇA MISERICORDIOSA ( Irmão Saulo)

CASAIS MENOS FELIZES
Emmanuel
Se encontraste a felicidade no lar tranqüilo, no instante de julgar os companheiros em conflito no casamento, guarda-te em silêncio, se não podes louvá-los em algum ângulo da experiência que atravessam.
Já que conseguistes preservar a essência do amor nos fixadores da amizade e da ternura sem mescla, compadece-te daqueles que, de um momento para outro, se reconheceram defrontados por incompatibilidade e perturbação.
Efetivamente, anotaste-lhes os erros prováveis e lhes viste as atitudes aparentemente impensadas ou inseguras; no entanto, não lhes enxergastes os obstáculos e lágrimas, ansiedades e angústias, na gênese do drama doméstico em que se lhes arrasam as forças e do qual agora talvez consigas observar somente o fim.
Quantos de nós carregamos pesados grilhões de culpas adquiridos em existências passadas? Quantos compromissos teremos relegados para trás, reclamando-nos atenção e pagamento?
Entretanto, quando colocados uns à frente dos outros, nos bastidores caseiros da Terra, por impositivos da reencarnação, comumente fugimos de solucionar os problemas e ressarcir os débitos que nós mesmo criamos.
Que o dever é dever não padece dúvidas, todavia, em muitas ocasiões não dispomos da força necessária para cumpri-lo.
E, se no mundo encontramos, por vezes, credores humanos e generosos que nos aguardam com paciência, que dizer do Senhor, cuja justiça se erige em base de infinita misericórdia?
Se te observas feliz nos laços conjugais, é razoável que não aplaudas àquilo que te pareça desequilíbrio, embora nem sempre o seja, mas não censures os companheiros que a provação vergasta e o desajuste domina.
Em lugar disso, ora por eles e abençoa-os, sem recusar-lhes o apoio e a simpatia de que se mostrem necessitados.
Tanto nós, quanto eles, estamos entregues à Bondade de Deus e, em matéria de ajustamentos aos imperativos do amor, nenhum de nós, na Terra, por enquanto,consegue saber com certeza se ainda hoje será para nós o dia de receber auxílio ao invés de auxiliar.


JUSTIÇA MISERICORDIOSA
Irmão Saulo

Se não aceitarmos a reencarnação poderemos admitir logicamente a justiça de Deus? Ou preferimos rejeitar o próprio Deus, ignorar-lhe ou negar-lhe a existência? A tese da reencarnação é um desafio para os povos do Ocidente, onde prevalece, através de longa tradição religiosa, a idéia da unicidade da existência. Hoje, porém, cientistas empenhados na solução dos problemas psicológicos, que atormentam cada vez maior número de pessoas, dedicam-se a investigações nesse campo.
Seria possível obtermos a prova científica da reencarnação, dentro das rígidas exigências metodológicas da Ciência? Ian Stevenson, diretor do Departamento de Neuropsiquiatria da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos que não é espírita nem reencarnacionista já examinou mais de 500 casos de possíveis reencarnações, chegando a algumas conclusões curiosas. Em seu livro “20 Casos Sugestivos de Reencarnação” aparecem dois casos de reencarnação observados no Brasil.
Na própria Rússia os cientistas se interessam pelo assunto. O Prof. Wladimir Raikov, da Universidade de Moscou, é um dos expoentes da pesquisa sobre “memória extra-cerebral”. O Prof. Barnejee, que esteve entre nós, é o mais conhecido dos pesquisadores indianos. Essa abertura científica, de âmbito mundial, no campo da reencarnação, revela que o problema já deixou de ser apenas religioso. E a própria existência das pesquisas no plano universitário responde às dúvidas quanto ao problema metodológico. Na verdade, o avanço atual das Ciências em direção à Metafísica, ou pelo menos à Parafísica, modificou e modificará cada vez mais a rigidez dos dogmas metodológicos, tornando possível o esclarecimento de problemas até há pouco considerados fora de cogitação científica.
A crise da família, que é apenas uma parte da crise geral do mundo contemporâneo, encontra explicação satisfatória à luz do princípio da reencarnação. Desentendimentos entre casais, rebeldia dos filhos, descontrole de outros elementos familiares podem ter sua origem nas vidas anteriores. Por sinal, foi esse o motivo que levou Ian Stevenson, segundo suas próprias declarações, a iniciar as investigações sobre a reencarnação. Não encontrando explicação possível,nem qualquer teoria aceitável para explicar anomalias estranhas no lar de vários de seus clientes, o conhecido neuropsiquiatra norte-americano resolveu corajosamente aceitar a teoria da reencarnação como hipótese de trabalho. A insistência das mensagens psicográficas no tocante à reencarnação e suas conseqüências não é, portanto, absurda. A mensagem de Emmanuel, ora considerada, encontra apoio no interesse atual dos cientistas pela reencarnação.
Fonte: Universo Espírita
(Livro: ? (sem dados), Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)