Dos outros recebemos a calúnia, mas igualmente dos outros recolhemos o louvor que, em muitas ocasiões, ao exaltar-nos imerecidamente, nos fortalece para sermos afinal o que devemos ser e como devemos ser.
Dos outros apanhamos o prejuízo, mas dos outros obtemos a dádiva.
De outros vem o fel; no entanto, de outros surge o bálsamo;
Dos outros procede à ingratidão que tanta vez nos deprime; contudo, igualmente dos outros nasce a generosidade que nos levanta o coração para o Alto.
Dos outros chegam até nós pensamentos obsessivos; entretanto, dos outros colhemos benditas inspirações que nos induzem á elevação e ao progresso.
Dos outros se origina a crítica que desencoraja, mas dos outros provém o estímulo á execução de nossa tarefa alentando-nos as forças a fim de que possamos cumprir os deveres que a vida nos atribui.
O campo de nossas relações uns com os outros, no fundo, assemelha-se a gleba de plantio, Em meio a terreno valioso, surpreendemos escalracho, pântano, pedregulho..
Albino Teixeira
Livro: Paz e renovação - Francisco Cândido Xavier
Nenhum comentário:
Postar um comentário