bem vindos!



19 outubro 2010

Para onde vamos durante o sono



Era manhã de sol nas proximidades do mar.

A esposa despertara ansiosa por narrar ao marido a experiência que tivera na noite anterior.

Estavam fisicamente separados por cerca de 5 dias, em cidades diferentes, e a saudade já batia forte.

Há mais de trinta anos dividiam a mesma cama, a mesma vida, e qualquer rápida separação já era sentida por ambos.

Tomando do telefone, então, ela lhe conta, que na noite anterior tivera uma sensação muito especial.

Deitada na cama, nos primeiros instantes do sono, sentira o perfume dele, como se ele tivesse acabado de sair do banho, e se colocado ao seu lado, como sempre o fazia em casa.

Além do aroma agradável, percebeu uma presença muito forte, como se ele realmente estivesse ali.

Virou-se rapidamente, mas não havia ninguém.

O marido, do outro lado da linha, ouvia tudo também emocionado.

Quando ela terminou a narração, foi a vez dele dizer:

Pois também vivi uma experiência singular nesta noite.

Na madrugada, acordei com a certeza de que você estava dormindo ao meu lado. Tinha certeza que você estava ali. Mas quando olhei para o seu lugar na cama, nada vi.

Terminam os dois a conversa, surpresos, dizendo:

É... acho que nos encontramos esta noite!

Muitos de nós temos histórias muito peculiares sobre o período do sono.

Aqueles que conseguem lembrar mais claramente dos sonhos trazem experiências muito ricas, por vezes, e que merecem nossa análise.

Para onde vamos durante o sono? Todas essas lembranças serão apenas produto do cérebro?

O Espiritismo vem nos elucidar, afirmando que durante o período do sono, a alma se emancipa, isto é, se afasta do corpo temporariamente.

Desta forma, o que conhecemos como sonhos são as lembranças do que o Espírito viu e vivenciou durante esse tempo.

Quando os olhos se fecham, com a visitação do sono, o nosso Espírito parte em disparada, por influxo magnético, para os locais de sua preferência.

Através da atração produzida pela afinidade, procuramos muitas vezes aqueles que nos são caros, amigos, parceiros e amores.

Por isso é que aqueles que muito se amam na Terra, podem se encontrar no espaço, e continuarem juntos.

É assim que encontramos Espíritos amados, que já não se encontram conosco fisicamente, e partilhamos com eles momentos inesquecíveis.

Por vezes lembramos, por outras tantas não, mas sempre conservamos no íntimo bons sentimentos, ou a sensação de ter vivido experiência agradável.

O Espírito sopra onde quer, e mesmo durante nosso aparente repouso, perceberemos que ele está em atividade, sempre.


Podemos nos preparar melhor para conseguirmos ter bons sonhos.

Obviamente que os acontecimentos do dia, e nosso estado emocional irão influenciar nossas experiências oníricas, mas podemos tomar alguns cuidados a mais para aproveitar melhor este período:

uma leitura salutar,

a oração sincera,

uma música suave que nos acalme,

alguns momentos de meditação.

Todos estes ingredientes colaboram para que as últimas impressões do dia sejam positivas, e sejam levadas conosco, favorecendo a emancipação da alma.

Assim, tenha bons sonhos...


(Copiei daqui)

06 outubro 2010

Partida e chegada



"Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.

O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.

Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: “já se foi”.Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós.

Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.

O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo.

E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi”, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: “lá vem o veleiro”.

Assim é a morte.

Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: “já se foi”.

Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.

Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.

E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: já se foi”, no mais além, outro alguém dirá feliz: “já está chegando”.

Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.

A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.

Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.

A vida é feita de partidas e chegadas.

De idas e vindas.

Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.

Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós.

Pense nisso!

Victor Hugo