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02 novembro 2010

Finados... Será?!?...


O amor e a saudade são termos de ligação

A vida e a morte são caminhos imortais da renovação

As religiões antigas apregoam eternidade minúscula, pois que deixam seus fiéis sem teto, no vazio de uma expectativa inútil e sem sentido... É... Essa história de juízo final é mingau de araruta mal temperado e indigesto. Apagam com isso, a memória do tempo e dos laços emocionais; desandam amores, amizades e afeições...

E não explicam por que as pessoas sonham com seus afetos queridos

Esquisito por que contraditório, no auditório do cemitério a saudade em catadupas ritualísticas cunha a mística da relação com o imponderável

Se o juízo é ao final o que é que fica nos cemitérios, senão um manto de matéria desfeita que não responde aos anseios e carências; que não explica as ausências... Se o juízo é ao final, que notícias me dão dos que já se foram, por que o ritual da visita se na cripta da saudade a verdade ainda é proibição permitida...

Se tu desvendares, palmares..., a liberdade de ser e sentir resolve os enigmas, insígnias dos medos, enredos da covardia...

A mediunidade desmitifica o dia de finados em sua essência esquisita

A mediunidade resolve a questão...

A morte é apenas outro dia noutra dimensão em que as relações não se desfazem, só mudam os tons, os meios de comunicação; agora é a intuição que configura o reencontro com as criaturas nos circuitos abertos da emoção e da saudade... E a vidência enquanto essência de fé e equilíbrio e também permissão põe a razão nos olhos da alma e o encontro nos parâmetros do coração...

E o que se nos diz dos sonhos que se nos permitem contatos e conversas com as almas ingressas na outra dimensão... E que nos falam de si e de suas felicidades, das suas saudades e de como estão vivendo nas cidades imortais... Ah! Também dizem dos seus trabalhos e estudos, dos seus planos e ideais!...

Jesus voltou, depois da desencarnação infame, em traje perispiritual, demonstrando de modo real que a morte não existe, falou aos discípulos, com eles conviveu três dais depois do túmulo, trazendo a alegria da confirmação... E entre medos e descrenças assinou a sentença da tumba vazia...

E a psicografia, poesia de reencontro no cartório da imortalidade, tem a mediunidade qual pergaminho documental, sancionando a lei natural que o Pai e Criador, Todo Bondoso instituiu como tábua da evolução espiritual...

Em a natureza nada se perde, tudo se transforma, asseverou a ciência que a fé tem por essência, enquanto conseqüência da Vontade Divina, nos anais da Doutrina de Luz que o Kardec organizou desde 18 de abril de 1857, nos compêndios do pensamento filosófico, científico e religioso, que ele mesmo denominou Espiritismo.

E assim, o dia de finados precisa ser entendido e vivenciado como oportuna reflexão sobre as razões Divinas pra vida ser assim... Só um pouco por aqui nos trajes humanos, pelas portas da reencarnação neste mundo de prova e expiação...

Ah! Que saudade me dá do tempo que a lei do esquecimento guardou... Das experiências vividas nas ruas pregressas, salvas no inconsciente imortal...

Ah! Que saudade me dá dos amigos que deixei por lá; dos que já se foram antes de mim... Das paisagens daquele lugar que a intuição não me deixa esquecer... Ainda do seu amanhecer, das estrelas que brilham por lá...

Ah! Que saudade me dá daquela paz e daquele fazer, daquele ir sem se cansar; do amor que não se desgasta e das praças que só se inundam de luz... Da poesia que vive nos ares, da harmonia dos olhares e gestos e de tudo que se pode amar...

Por que visitar nossos amigos espirituais num templo de osso e pedra se a mediunidade descerra verdades latentes e naturais, que só carece de educação, ciência e fé, pra saciar a saudade e diminuir distâncias entre os corações...


(Ademário da Silva * @emoções mediúnico-intuitivas – 2 de novembro de 2010)