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12 junho 2010

Resumo de O Livro dos Espíritos -(Diferentes ordens de Espíritos (q. 96 a 99)



Os Espíritos são de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado. (LE 96)

As ordens ou graus de perfeição dos Espíritos são ilimitadas em número, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem ser multiplicadas ou restringidas livremente. Todavia, considerando-se os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzir-se a três principais.

Na primeira, colocar-se-ão os que atingiram a perfeição máxima: os puros Espíritos. Formam a segunda os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina. Pertencerão à terceira os que ainda se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza. (LE 97)

Cada Espírito tem o poder de praticar o bem, de acordo com o grau de perfeição a que chegou. Com relação aos Espíritos de segunda ordem, para os quais o bem constitui a preocupação dominante, uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas. (LE 98)

Os da terceira categoria não são todos essencialmente maus; uns há que não fazem nem o mal nem o bem; outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando se lhes depara ocasião de praticá-lo. Há também os levianos ou estouvados, mais perturbadores do que malignos, que se comprazem antes na malícia do que na malvadez e cujo prazer consiste em mistificar e causar pequenas contrariedades, de que se riem. (LE 99)

Questões de aprofundamento

1. As diferenças entre os Espíritos se apresentam em quais aspectos?

Os Espíritos são diferentes tanto intelectual quanto moralmente.

2. Essas diferenças são permanentes ou temporárias?

É essencial compreender que os Espíritos não pertencem, perpetuamente, à mesma ordem, e que, conseqüentemente, essas ordens não se constituem em espécies distintas: são diferentes graus de desenvolvimento (Vide LE, questão 776).

3. Qual a relação entre as diferentes ordens de Espíritos e a reencarnação?

As doutrinas que defendem a unicidade da existência esbarram numa situação incontornável: como explicar que as diferenças intelectuais e morais, tão patentemente observadas no mundo, não decorrem de privilégios da Divindade? Com a crença na unicidade da existência, não se poderia negar que os mais inteligentes e mais adiantados moralmente tivessem mais sorte que outros, que penam na ignorância e na maldade. É por isso que teologias existem que mais servem para negar a justiça e a bondade de Deus, que propriamente enaltecer sua Soberana atuação no Universo. É o caso, por exemplo, da que defende a predestinação das almas: algumas já nascem com o selo da “salvação” na testa e, independentemente da vida que tenham levado, merecerão as “delícias” do paraíso, enquanto outras, igualmente desconsideradas suas qualidades morais, estão irremediavelmente destinadas ao “fogo do inferno.”

Dessa forma, a reencarnação é o processo que mais se ajusta à idéia da perfeição absoluta de Deus: ela explica como progridem os Espíritos, passando de uma ordem inferior a outra imediatamente acima, até que alcancem a Verdade.

Com isso, aposentam-se as idéias de um paraíso fácil, dependente apenas da filiação a um determinado segmento religioso, das preferências de um Deus parcial, com preferidos e desafetos. Também sucumbem as fórmulas religiosas, os ritos, sacramentos, que dizem algo externamente, mas que não mudam em nada as inclinações inferiores.

Ressalte-se, ainda, a importância do esforço individual e coletivo dos Espíritos a fim de progredirem. Não se pode admitir que uma conversão de boca, de aparência apenas, garanta privilégios futuros.

4. Com a Lei do Progresso, dos seres e das coisas, pode-se depreender que Deus preferiu que sua obra se completasse gradualmente e que suas criaturas cooperassem de alguma forma no atingimento desse objetivo?

Deixaremos a resposta por conta de Calderaro:

“Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio. Não há favoritismo no Templo Universal do Eterno, e todas as forças da Criação aperfeiçoam-se no Infinito. A crisálida de consciência, que reside no cristal a rolar na corrente do rio, aí se acha em processo liberatório; as árvores que por vezes se aprumam centenas de anos, a suportar os golpes do Inverno e acalentadas pelas carícias da Primavera, estão conquistando a memória; a fêmea do tigre, lambendo os filhinhos recém-natos, aprende rudimentos do amor; o símio, guinchando, organiza a faculdade da palavra. Em verdade, Deus criou o mundo, mas nós nos conservamos ainda longe da obra completa. Os seres que habitam o Universo ressumbrarão suor por muito tempo, a aprimorá-lo. Assim também a individualidade. Somos criação do Autor Divino, e devemos aperfeiçoar-nos integralmente. O Eterno Pai estabeleceu como lei universal que seja a perfeição obra de cooperativismo entre Ele e nós, os seus filhos.” (No Mundo Maior, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 3)

5. Qual a relação possível entre aperfeiçoamento progressivo do Espírito e as seguintes idéias: o bem e o mal; trabalho e livre-arbítrio; Justiça e Lei de Deus?

As almas ou Espíritos são criados simples e ignorantes, isto é, sem conhecimentos nem consciência do bem e do mal, porém, aptos para adquirir o que lhes falta. O trabalho é o meio de aquisição, e o fim — que é a perfeição — é para todos o mesmo. Conseguem-no mais ou menos prontamente em virtude do livre-arbítrio e na razão direta dos seus esforços; todos têm os mesmos degraus a franquear, o mesmo trabalho a concluir. Deus não aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo, e, visto serem todos seus filhos, não tem predileções. Ele lhes diz: Eis a lei que deve constituir a vossa norma de conduta; ela só pode levar-vos ao fim; tudo que lhe for conforme é o bem; tudo que lhe for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta lei, e assim sereis os árbitros da vossa própria sorte. Conseguintemente, Deus não criou o mal; todas as suas leis são para o bem, e foi o homem que criou esse mal, divorciando-se dessas leis; se ele as observasse escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho.

Entretanto, a alma, qual criança, é inexperiente nas primeiras fases da existência, e daí o ser falível. Não lhe dá Deus essa experiência, mas dá-lhe meios de adquiri-la. Assim, um passo em falso na senda do mal é um atraso para a alma, que, sofrendo-lhe as conseqüências, aprende à sua custa o que importa evitar. Deste modo, pouco a pouco, se desenvolve, aperfeiçoa e adianta na hierarquia espiritual até ao estado de puro Espírito ou anjo. (O Céu e o Inferno, Allan Kardec, Cap. 8, itens 12 e 13)

(Fonte:lespiritos.blogspot)

08 junho 2010

"Se eu morrer antes de você"


Se eu morrer antes de você,
faça-me um favor:
Chore o quanto quiser,
mas não brigue com Deus
por Ele haver me levado.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar,
não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem
algum fato a meu respeito,
ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo,
só porque morri,
mostre que eu tinha um pouco de santo,
mas estava longe
de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio,
mostre que eu talvez tivesse um pouco
de demônio, mas que a vida
inteira eu tentei ser bom e amigo.
Espero estar com Ele o suficiente para
continuar sendo útil a você, lá onde estiver.
E se tiver vontade de escrever
alguma coisa sobre mim,
diga apenas uma frase:
- "Foi meu amigo,
acreditou em mim
e me quis mais perto de Deus!"
- Aí, então, derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la,
mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
E, vendo-me bem substituído,
irei cuidar de minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando,
dê uma espiadinha na direção de Deus.
Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz
vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai,
aí, sem nenhum véu a separar a gente,
vamos viver, em Deus,
a amizade que aqui nos preparou para Ele.
Você acredita nessas coisas?
Então ore para que nós vivamos
como quem sabe que vai morrer um dia,
e que morramos como
quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu
para mais perto da gente,
e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você,
acho que não vou estranhar o céu...
"Ser seu amigo...
já é um pedaço dele..."

Chico Xavier.

ALÉM DA VIDA

O que nos espera depois da morte física? Esta é uma pergunta que muitos se fazem; ante o desconhecimento do que os aguarda, alimentam o terror da morte.

Pessoas há que sequer ousam mencionar a palavra, como se isso fosse atrair o fato para si ou para os seus. Mas isso não impede que a morte chegue.

O medo de morrer está muito em função do desconhecimento de que para além da vida corporal existe a verdadeira, a vida espiritual.Embora alguns ainda duvidem, é uma certeza. Dr. Raymond Moody Jr, com residência na Escola de Medicina da Universidade de Virgínia,nos EstadosUnidos, possui larga experiência sobre o assunto.

Com vários livros publicados, ele relata os casos de pacientes que tiveram experiências de quase morte.Isto é, pessoas que sofreram problemas graves, que quase lhes assinalaram a morte e retornaram, contando o que lhes aconteceu naquele período.

Embora alguns tratem tais relatos como alucinação, não se pode conceber que ao retornarem ao corpo, após a morte aparente, tais criaturas relatem fatos, situações, quase sempre confirmados.

Mais recentemente, Dr. Moody passou a analisar o caso de crianças que sofreram morte aparente.Porque, diz ele, se o adulto teve tempo para ser influenciado e modelado pelas experiências de sua vida e crenças religiosas, as crianças não estão profundamente influenciadas pelo ambiente cultural e nelas a experiência adquire um certo frescor.

É o caso da garota de sete anos que, ao atravessar um trecho congelado do rio, caiu e bateu a cabeça. Desmaiou e permaneceu inconsciente por doze horas. Durante esse tempo, o médico não sabia se ela iria morrer ou viver.A garota se viu em um jardim extraordinariamente belo, com flores semelhantes a dálias enormes.Olhou em volta e viu um ser. Sentiu-se amada e acalentada pela sua presença.Foi uma sensação deliciosa, como jamais experimentara em sua vida. O ser então lhe disse: você vai voltar. E ela respondeu: sim.Ele perguntou porque ela queria retornar ao seu corpo e ela disse: porque minha mãe precisa de mim.Depois disso, sentiu-se descendo por um túnel. Acordou na cama, levantou-se e disse: oi, mamãe.

Essa é uma boa evidência de que há vida depois da morte.Prosseguiremos a viver sim, porque o espírito é imortal e haverá de retornar, muitas vezes ainda, ao cenário da Terra, até sua completa depuração.

Você sabia?

Você sabia que, quando as crianças relatam suas experiências de quase morte,constata-se que um número surpreendente delas se vêem em corpos espirituais adultos?

Tal fato está levando expoentes da psiquiatria, da psicologia e da psicanálise à conclusão de que o homem não é um ser físico, vivendo experiências espirituais, mas um ser espiritual, temporariamente ligado a um corpo físico.

É a ciência levando o homem a reconhecer as verdades já propaladas desde a remota Antigüidade e vulgarizadas pelo Cristo.


(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. 3 do livro

A luz do além, de Raymond Moody, Jr., Ed. Nórdica.)