bem vindos!



24 março 2010

Chico, como é que você vê a onda de violência que aumenta a cada dia?

Chico Xavier responde:

- A violência é qual se fosse a nossa agressividade exagerada trazida ao nosso consciente, quando estamos em carência de amor. Ela lava, por isso, o desamor coletivo da atualidade.

Se doarmos mais um tanto, se repartirmos um tanto mais, se houver um entendimento maior, estaremos contribuindo para a diminuição desta onda crescente de agressividade.

À medida que a riqueza material aumenta, o conforto e a aquisição de bens também cresce, com isso retornaremos à autodefesa exagerada, isolando-nos das criaturas humanas. A vacina é o amor de uns pelos outros, programa que Jesus nos deixou há dois mil anos.



(Pergunta feita por Ana Maria Farias, jornalista da Editora Abril, numa entrevista coletiva perante as câmeras da Rede Globo, comandada por Augusto César Vanucci, em julho de 1980.

Consta do livro "Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita,

Escrito por Marlene R. S. Nobre)

23 março 2010

Haverá maior frio na alma que a indiferença dos nossos semelhantes?

Chico Xavier responde:

- Pode haver indiferença dos nossos semelhantes para conosco, entretanto de nós para com os outros isso não deveria acontecer.

Cremos que se Jesus houvesse levado em conta nossa incapacidade para assimilar-lhe de pronto o desvelado e intenso amor, o Cristianismo não estaria brilhando, e brilhando cada vez mais na Terra.




(Pergunta feita por Fernando Worm.

Consta do livro "Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita,

Escrito por Marlene R. S. Nobre)

16 março 2010

O APRENDIZ DESAPONTADO

Um menino que desejava ardentemente residir no Céu, numa bonita manhã, quando se encontrava no campo, em companhia de um burro, recebeu a visita de um anjo.

Reconheceu, depressa, o emissário de Cima, pelo sorriso bondoso e pela veste resplandecente.

Alucinado de júbilo, o rapazelho gritou:

-Mensageiro de Jesus, quero o paraíso! Que fazer para chegar até lá?!

O anjo respondeu com gentileza:

-O primeiro caminho para o Céu é a obediência e, o segundo é o trabalho.

O pequeno, que não parecia muito diligente, ficou pensativo.

O enviado de Deus então disse:

-Venho a este campo, a fim de auxiliar a Natureza que tanto nos dá.

Fixou o olhar mais docemente na criança e rogou:

-Queres ajudar-me a limpar o chão, carregando estas pedras para o fosso vizinho?

O menino respondeu:

-Não posso.

Todavia, quando o emissário celeste se dirigiu ao burro, o animal prontificou-se a transportar os calhaus, pacientemente, deixando a terra livre e agradável.

Em seguida, o anjo passou a dar ordens de serviço em voz alta, mas o menino recusava-se a contribuir, enquanto o burro ia obedecendo.

No instante de mover o arado, o rapazinho desfez-se em palavras feias, fugindo à colaboração. O muar disciplinado, contudo, ajudou, quanto pôde, em silêncio.

No momento de preparar a sementeira, verificou-se o mesmo quadro: o pequeno repousava e o burro trabalhava.

Em todas as medidas iniciais da lavoura, o pesado animal agia cuidadoso, colaborando eficientemente com o lavrador celeste; entretanto, o jovem, cheio de saúde e leveza, permaneceu amuado, a um canto, choramingando sem saber por que e acusando não se sabe a quem.

No fim do dia, o campo estava lindo.

Canteiros bem desenhados surgiam ao centro, ladeados por fios de água benfeitora.

As árvores, em derredor, pareciam orgulhosas em protegê-los. O vento deslizava tão manso que mais se assemelhava a um sopro divino cantando nas campânulas do matagal.

A Lua apareceu espalhando intensa claridade.

O anjo abraçou o obediente animal, agradecendo-lhe a contribuição. Vendo o menino que o mensageiro se punha de volta, gritou, ansioso:

-Anjo querido, quero seguir contigo, quero ir para o Céu!...

O Emissário divino respondeu, porém:

-O paraíso não foi feito para gente preguiçosa. Se desejas encontrá-lo, aprende primeiramente a obedecer como o burro que soube receber a bênção da disciplina e o valor da educação.

E assim esclarecendo subiu para as estrelas, deixando o rapazinho desapontado, mas disposto a mudar de vida.


Neio Lúcio
Livro: Alvorada Cristã - Francisco Cândido Xavier

PRINCÍPIOS REDENTORES

Não se esqueça de que Deus é o tema central de nossos destinos.

Deseje o bem dos outros, tanto quanto deseja o próprio bem.

Concorde imediatamente com os adversários.

Respeite a opinião dos vizinhos. Evite contendas desagradáveis.

Empreste sem aguardar restituição.

Dê seu concurso às boas obras, com alegria.

Não se preocupe com os caluniadores.

Agradeça ao inimigo pelo valor que ele lhe atribui.

Ajude as crianças.

Não desampare os velhos e doentes.

Pense em você, por último, em qualquer jogo de benefícios.

Desculpe sinceramente.

Não critique a ninguém.

Repare seus defeitos, antes de corrigir os alheios.

Use a fé e a prudência.

Aprenda a semear, preparando boa ceifa.

Não peça uvas ao espinheiro.

Liberte-se do peso de excessivas convenções.

Cultive a simplicidade.

Fale o menos possível, relativamente a você e a seus problemas.

Estimule as qualidades nobres dos companheiros.

Trabalhe no bem de todos.

Valorize o tempo.

Metodize o trabalho, sabendo que cada dia tem as suas obrigações.

Não se aflija.

Sirva a toda gente sem prender-se.

Seja alegre, justo e agradecido.

Jamais imponha seus pontos de vista.

Lembre-se de que o mundo não foi feito apenas para você.

As ciências sociais de hoje apresentam semelhantes princípios como novidades. No entanto, são antigos. Chegaram à Terra, com o Cristo, há quase vinte séculos. Nós outros, porém, espíritos atrasados no entendimento, somos ainda tardios na aplicação.


André Luiz
Livro: Agenda Cristã - Francisco Cândido Xavier

12 março 2010

PARA RENOVAR-NOS


Não espere viver sem problemas, de vez que problemas são ingredientes de evolução, necessários ao caminho de todos.

Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e sim enfrente as conseqüências deles, a fim de retificar-se,como quem aproveite pedras para construção mais sólida.

Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-lo estão decepcionando a si mesmos.

Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.

Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.

Simplifique seus hábitos.

Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou a irritação apareçam em sua área.

Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem capazes de auxiliar em seu beneficio com descrição e bondade.

Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.

Lembre-se de que você é um espírito eterno e se você dispõe da paz na consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.




André Luiz

Livro: Coragem - Francisco Cândido Xavier

ENTRE IRMÃOS



Um tipo de beneficência indispensável ao êxito nas tarefas de grupo: o entendimento entre os companheiros.

Não nos referimos ao entendimento de superfície, mas à compreensão de base, através da paciência recíproca, que se apresente, na esfera do trabalho, para a superação de todos os empeços.

Acostumamo-nos a subestimar as exigências pequeninas, como sejam a supressão de um equívoco, a reformulação de um pedido, uma frase calmante em hora difícil, o afastamento de uma queixa... E a tisna de sombra passa a enovelar-se em outras tisnas de sombra; a breve espaço, ei-las transformadas em bola de trevas, intoxicando o ânimo da equipe com a obra ameaçada de colapso ou desequilíbrio.

Não ignoramos que um parafuso desarranjado numa roda em movimento compromete a segurança do carro, que o curto-circuito em recanto esquecido é suscetível de incendiar e destruir edifícios inteiros... Mesmo assim, não sanamos, comumente, o mal-entendido, capaz de converter-se em agente de perturbação ou desordem, arrasando largas somas de serviço, no qual se garante a paz da comunidade. Estabelecido o descontrole no mecanismo de nossas relações uns com os outros, pausemos um minuto de meditação e prece, para observar com serenidade o desajuste em causa ou o hiato havido. Em seguida, aceitemos a mais elevada função da palavra; a da construção do bem e saibamos esclarecer-nos, mutuamente, esculpindo o verbo em tolerância e fraternidade, a fim de que a marcha eficiente do grupo não se interrompa.

Certifiquemo-nos de que muito coração do caminho espera unicamente um toque de gentileza para se descerrar à alegria e ao trabalho, ao apaziguamento e à renovação, lembrando certas portas de nobre e sólida estrutura que agüentam golpes e murros de violência, sem se alterarem, mas que se abrem, de imediato, sob a doce pressão de uma chave.



Emmanuel
Livro: Mãos Unidas - Francisco Cândido Xavier

09 março 2010

CONSIDERAÇÃO ESPÍRITA

Dos outros recebemos a calúnia, mas igualmente dos outros recolhemos o louvor que, em muitas ocasiões, ao exaltar-nos imerecidamente, nos fortalece para sermos afinal o que devemos ser e como devemos ser.


Dos outros apanhamos o prejuízo, mas dos outros obtemos a dádiva.


De outros vem o fel; no entanto, de outros surge o bálsamo;


Dos outros procede à ingratidão que tanta vez nos deprime; contudo, igualmente dos outros nasce a generosidade que nos levanta o coração para o Alto.


Dos outros chegam até nós pensamentos obsessivos; entretanto, dos outros colhemos benditas inspirações que nos induzem á elevação e ao progresso.


Dos outros se origina a crítica que desencoraja, mas dos outros provém o estímulo á execução de nossa tarefa alentando-nos as forças a fim de que possamos cumprir os deveres que a vida nos atribui.

O campo de nossas relações uns com os outros, no fundo, assemelha-se a gleba de plantio, Em meio a terreno valioso, surpreendemos escalracho, pântano, pedregulho... Se nos comportarmos, porém, com atenção, administrando entendimento e amparo ao trato do solo que se nos confiou, em tempo estreito, conseguiremos a regeneração da terra e a riqueza da produção. Aproveitemos o símile, no intercâmbio fraternal, porque, se dos outros recebemos os impactos da provação e da sombra, da dificuldade e da amargura, é também através dos outros que Deus nos socorre e abençoa, invariavelmente e cada vez mais.



Albino Teixeira

Livro: Paz e renovação - Francisco Cândido Xavier

DECÁLOGO DO BOM ÂNIMO

1 - Dificuldades? Não perca tempo, lamuriando. Trabalhe.


2 - Críticas? Nunca aborrecer-se com elas. Aproveite-as no que mostrem de útil.


3 - Incompreensões? Não busque torná-las maiores, através de exigências e queixas. Facilite o caminho.


4 - Intrigas? Não lhes estenda a sombra. Faça alguma luz com o óleo da caridade.


5 - Perseguições? Jamais revidá-las. Perdoe esquecendo.


6 - Calúnias? Nunca enfurecer-se contra as arremetidas do mal. Sirva sempre.


7 - Tristezas? Afaste-se de qualquer disposição ao desânimo. Ore abraçando os próprios deveres.


8 - Desilusões? Por que debitar aos outros a conta de nossos erros? Caminhe para frente, dando ao mundo e à vida o melhor ao seu alcance.


9 - Doenças? Evite a irritação e a inconformidade. Raciocine nos benefícios que os sofrimentos do corpo passageiro trazem à alma eterna.


10 - Fracassos? Não acredite em derrotas. Lembre-se de que, pela bênção de Deus, você está agora em seu melhor tempo – o tempo de hoje, no qual você pode sorrir e recomeçar, renovar e servir, em meio de recursos imensos.



André Luiz

Livro: Coragem - Francisco Cândido Xavier

08 março 2010

Oração à Mulher



Missionária da Vida.

Ampara o homem para que o homem te ampare.

Não te conspurques no prazer, nem te mergulhes no vício.

A felicidade na Terra depende de ti, como o fruto depende da árvore.

Mãe, sê o anjo do lar.

Esposa, auxilia sempre.

Companheira, acende o lume da esperança.

Irmã, sacrifica-te e ajuda.

Mestra, orienta o caminho.

Enfermeira, compadece-te.

Fonte sublime, se as feras do mal te poluírem as águas, imita a corrente cristalina que no serviço infatigável a todos, expulsa do próprio seio a lama que lhe atiram.

Por mais te aflija a dificuldade, não te confies à tristeza ou ao desânimo.

Lembra os órfãos, os doentes, os velhos e os desvalidos da estrada que esperam por teus braços e sorri com serenidade para a luta.

Deixa que o trabalho tanja as cordas celestes do teu sentimento para que não falte a música da harmonia aos pedregosos trilhos da existência terrestre.

Teu coração é uma estrela encarcerada.

Não lhe apagues a luz para que o amor resplandeça sobre as trevas.

Eleva-te, elevando-nos.

Não te esqueças de que trazes nas mãos a chave da vida porque a chave da vida é a glória de Deus.

Francisco Cândido Xavier / Meimei. Livro: À Luz da Oração.